"Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la."
(Oscar WIlde)

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

São Tiradentes: imagem real do herói pode ser outra

A imagem conhecida do herói lembra a de Jesus, mas pode não ter nada a ver com a figura real do inconfidente. Afinal, por que o vestiram de santo?

por Jeanne Callegari
Quando você ouve falar em Tiradentes, que imagem vem a sua mente? Provavelmente a de um sujeito com barba e cabelos longos e rosto sereno. Trocando a corda pela cruz, é o próprio Jesus. A imagem de mártir está tão colada ao mito de Tiradentes que é difícil imaginar um sem o outro. Só que nem sempre foi assim. A figura de santo surgiu um século após a morte do inconfidente. E pode ter pouco a ver com ele.
No episódio conhecido como Inconfidência Mineira, os rebeldes que conspiravam contra a Coroa portuguesa foram delatados, presos e julgados, em 1792. A maioria, formada por homens bem-nascidos, foi extraditada para outras colônias portuguesas. Apenas um, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, de origem humilde, foi enforcado e esquartejado. Por quase um século, mal se falou na Inconfidência e em Tiradentes. Ambos eram considerados apenas maus exemplos punidos com rigor.
No fim do século 19, com o país já independente, a situação começou a mudar. Intelectuais queriam instaurar uma república. E começaram a buscar na história brasileira alguém que pudesse representar os novos ideais.
Começou, assim, o culto a Tiradentes. Logo que a República foi proclamada, decretou-se o primeiroferiado: o Dia de Tiradentes, em 21 de abril, data da morte dele. Nesse dia, o Apostolado Positivista, associação brasileira dos afiliados ao positivismo, a corrente filosófica criada pelo francês Augusto Comte, distribuiu folhetos com a imagem do mártir desenhada por Décio Villares (artista responsável pelo desenho da bandeira nacional). Os cabelos e barba longos, a expressão ausente, as roupas, tudo lembrava Cristo. Nascia a imagem conhecida até hoje de Tiradentes. “Ela é fundamental para o estabelecimento do mito”, diz a historiadora da arte Maria Alice Milliet, autora de Tiradentes: o Corpo do Herói. Depois dessa, vieram muitas.
Ninguém sabe ao certo qual a aparência correta de Tiradentes. Como há poucos dados históricos, o terreno para a especulação é grande. Mas por que não retratar outros aspectos do herói, como o lado militar? Para Maria Alice, vestiram-no de santo por algumas razões. Em primeiro lugar, havia a tradição profundamente religiosa da sociedade brasileira. Em segundo, a influência do positivismo entre os republicanos, doutrina que preferia transições lentas a rupturas bruscas. Aliás, como foram, sempre, as transições brasileiras: a Independência e a República foram proclamadas sem sangrentas batalhas. “Retratar o herói armado, exaltar o rebelde ou o militar iria contra essa índole pacífica.”
A imagem serviu bem ao propó­si­to. Mesmo muito depois da proclamação da República, os artistas con­tinua­ram preferindo o santo. O governo brasi­leiro usou o mito para fortalecer a identidade nacional muitas vezes, de Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas a Itamar Franco – este, por exemplo, falava na TV com um busto do alferes ao fundo.

O mito imita a arte

A litografia que Décio Villares fez de Tiradentes consagrou a imagem cristã do líder inconfidente
1. Barba, cabelo e bigode
A barba e o cabelo compridos lembram a imagem de Jesus. É provável que, na época, o cabelo fosse cortado antes da execução. Mas não há registros que comprovem isso.
2. Traços gregos
Os traços do militar, que aparenta uns 40 anos, são nobres, retos, gregos – também como os de Jesus, que, apesar da região em que nasceu, é retratado com os olhos azuis.
3. Com a corda no pescoço
A corda está entrelaçada no pescoço de Tiradentes, mas está frouxa, não ameaça enforcar. É fina e delicada, bem diferente da que realmente foi usada para a execução.
4. Coroa de café
A palma simboliza o martírio. E, assim como Jesus, Tiradentes tem coroa: a sua não é de espinhos, mas de folhas e grãos de café, mais adequada aos trópicos.
5. Os pais do mito
No canto esquerdo, a informação de quem mandou imprimir os folhetos no primeiro feriado popular da República: Edição do Apostolado Positivista do Brasil, 1890. Já as inscrições no laço (1792 – Libertas quae sera tamen e Ordem e Progresso – 1889) representam o pretenso parentesco histórico da Inconfidência Mineira com a proclamação da República.

Outras faces

Muitos outros artistas pintaram Tiradentes, ajudando a formar e a popularizar a cara do mito
Prisão de Tiradentes
Pintado em 1914 por Antônio Parreiras, é o único quadro que mostra Tiradentes valente. Não à toa, foi encomendado pelo governo do Rio Grande do Sul, estado mais belicoso. Armado, enfrenta os policiais que querem prendê-lo.
Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o “Tiradentes”
De José Wasth Rodrigues (1940), retrata o herói antes da prisão, vestido com a roupa de militar, sem a barba e os cabelos compridos. Na criação do mito, o lado militar seria deixado de lado em favor do aspecto de mártir.
Tiradentes Esquartejado
Um dos quadros mais conhecidos do herói mineiro, feito em 1893 por Pedro Américo, mostra o tronco esquartejado, a cabeça e a perna esquerda. Apesar da crueza, ele ainda é tratado com certo distanciamento, como o corpo sem feridas.
Painel Tiradentes
No imenso painel que fez para retratar a Inconfidência, Candido Portinari, partidário do comunismo, retrata o mineiro em vários momentos, da juventude na cavalaria ao homem barbado e grisalho – parecido com o comunista Luís Carlos Prestes.
Fonte: historia.abril.com.br/.../sao-tiradentes-imagem-real-heroi-pode-ser-outra-435167.shtml

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Filmes para Aprender História




A Guerra do Fogo (Pré-história)
Calígula (Império Romano)
Gladiador (Império Romano)
O Nome da Rosa (Idade Média – Feudalismo – Inquisição) 
Germinal (Revolução Industrial)
O Patriota (Independência dos EUA)
Waterloo (Era Napoleônica)
Rasputim (Rússia – Pré-Revolução)
A Revolução dos Bichos (Revolução Russa (metáfora sobre o stanilismo))
A Língua das Mariposas (Guerra Civil Espanhola)
A Lista de Schindler (II Guerra – Holocausto)
O Pianista (II Guerra - Holocausto)
O Império do Sol (II Guerra – Guerra no Oriente)
Indochina (Descolonização Afro-Asiática)
O Último Imperador (Revolução Chinesa)
Hair (Guerra do Vietnã)
As Bruxas de Salém (Inquisição / Mercantilismo)
11 de Setembro (Atentado – Terrorismo)
Em Nome do Pai (Conflitos na Irlanda - IRA)
Diários de Motocicleta (América Latina)
Chove Sobre Santiago (Golpe Militar Chile - 1973)
A Casa dos Espíritos (Chile)
Ou Tudo Ou Nada (Neoliberalismo – Anos 90)
Carlota Joaquina (Período Joanino)
Anahy de Las Missiones (Guerra dos Farrapos)
Netto Perde Sua Alma (Guerra dos Farrapos)
O Quatrilho (Imigração Italiana)
Policarpo Quaresma (República da Espada - Brasil)
Olga (Era Vargas – (Período Entre-Guerras))
Central do Brasil (Brasil Anos 90)

domingo, 3 de abril de 2011

Heliópolis, 26 anos de Emancipação

No próximo dia 11 de abril de 2011 a cidade de Heliópolis comemora o seu 26º aniversário de Emancipação política. Desta forma este blogueiro historiador não poderia deixar de abrir espaço para registrar a história de sua terra.


História

O primeiro nome do povoado que originou a cidade de Heliópolis na Bahia foi Pau Comprido. Para a origem desse nome há duas versões: A primeira afirma que o nome Pau Comprido surgiu na época que havia uma feira-livre no povoado. Certo dia houve uma briga tão violenta entre dois grupos de pessoas, dando início a uma rixa que durou tanto tempo, que o lugar ficou conhecido como a terra dos Pau Comprido. Uma outra versão a mais aceita pela comunidade de hoje, diz que o nome surgiu ainda na época em que não havia nem mesmo habitações na região. O Sr. José Umburana, fazendeiro e comerciante da época decidiu apossar-se da área, e sob uma enorme árvore, iniciou a pratica de matar um boi sempre aos sábados e vender a carne àqueles que passavam pela região. Desta forma, outras pessoas também resolveram vender alguns produtos debaixo da referida árvore, iniciando assim uma pequena feira-livre. O nome Pau Comprido foi usado como referencia pelas comunidades vizinhas ao local onde era realizada a pequena feira-livre. Com o passar do tempo e o aumento de circulação de pessoas na área, iniciou a construção de uma Igreja, e na sua volta, residências começaram a ser construídas, dando origem ao povoamento da região. Logo depois o lugarejo passou a se chamar de Novo Amparo, situado no município de Ribeira do Amparo, onde obteve rápido crescimento, ganhando a condição de distrito com o nome de Heliópolis. Município criado com território desmembrado de Ribeira do Amparo, por força da Lei Estadual de 11 de abril de 1985. A sede foi elevada à categoria de cidade, quando da criação do município.

sábado, 2 de abril de 2011

10 MIL VISITAS!


Gostaria de agradecer a cada uma desta 10 mil visitas realizadas a este blog, é com muita satisfação que este blogueiro dirige-se a cada visitante para reforçar que este espaço foi criado para compartilhar conhecimento!