"Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la."
(Oscar WIlde)
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terça-feira, 6 de setembro de 2011
Uma Independência... Muitas histórias...
É chegado mais um Sete de setembro, quando no Brasil temos as comemorações em homenagem a Independência de nosso país, neste período surge algumas indagações do tipo: Qual a verdade sobre o dia da independência? O que mudou de fato com esse acontecimento? D. Pedro I é um herói nacional?
Este blogueiro não tem a intenção de neste pequeno artigo responder cientificamente a todas esta questões, mas sim reacender estas discussões acerca deste momento de nossa História.
A História que os livros didáticos nos traziam como sendo a oficial é mais ou menos assim:
No final de agosto de 1822, D. Pedro deslocou-se à província de São Paulo para acalmar a situação depois de uma rebelião contra José Bonifácio. Apesar de ter servido de instrumento dos interesses da aristocracia rural, à qual convinha a solução monárquica para a independência, não se deve desprezar os seus próprios interesses. O Príncipe tinha formação absolutista e por isso se opusera à Revolução do Porto, de caráter liberal. Da mesma forma, a política recolonizadora das Cortes desagradou à opinião pública brasileira. E foi nisso que se baseou a aliança entre D. Pedro e o “partido brasileiro”. Assim, embora a independência do Brasil possa ser vista, objetivamente, como obra da aristocracia rural, é preciso considerar que teve início como compromisso entre o conservadorismo da aristocracia rural e o absolutismo do Príncipe.
Monumento à independência, situado no local onde foi proclamada a independência do Brasil.
Em 7 de Setembro, ao voltar de Santos, parado às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro recebeu uma carta com ordens de seu pai para que voltasse para Portugal, se submetendo ao rei e às Cortes. Vieram juntas outras duas cartas, uma de José Bonifácio, que aconselhava D. Pedro a romper com Portugal, e a outra da esposa, Maria Leopoldina de Áustria, apoiando a decisão do ministro e advertindo: “O pomo está maduro, colhe-o já, senão apodrece”.
Impelido pelas circunstâncias, D. Pedro pronunciou a famosa frase “Independência ou Morte!”, rompendo os laços de união política com Portugal.
Culminando o longo processo da emancipação, a 12 de outubro de 1822, o Príncipe foi aclamado Imperador com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1 de dezembro na Capital.
Pesquisas mais recentes feitas por historiadores mostram que na verdade os fatos não aconteceram como a “História oficial” nos contou.
Um primeiro aspecto a ser considerado é que nossa independência não teve nada de revolucionário, pois, diferente das outras independências ocorridas na América na naquele período, foi o próprio colonizador que a protagonizou, e o povo? Bem este não tinha idéia do que estava acontecendo. E as mudanças? Estas foram muito poucas e voltadas para os interesses elitistas, porque socialmente falando o Brasil continuou exatamente igual... Latifúndios, escravismo, etc.
E o 7 de setembro?
Esta data só foi considerada feriado em 1861, quase 40 anos depois, e essa pompa que a data tem hoje, só começou depois de 1889 quando a República foi implantada e se necessitava de “heróis”, pois mais uma vez o povo ficou alheio ao processo.
E o quadro de Pedro Américo?
Este foi pintado quase 70 anos depois e na verdade fazia parte do processo de criação de ato heróicos pela república recém implantada.
Por que aconteceu nas margens do rio Ipiranga?
Segundo alguns pesquisadores: “O príncipe não estava bem. Teria sido a água salobra de Santos ou algum prato condimentado do jantar da noite anterior? Não se sabe — nem ele o sabia. O fato é que uma diarreia o atacara, e a cavalgada pela tortuosa estrada que o conduzia da baixada santista ao platô de São Paulo não tinha ajudado em nada na recuperação do combalido ventre principesco. No instante em que o major Antônio Ramos Cordeiro e o correio real Paulo Bregaro, que tinham partido do Rio de Janeiro em direção a Santos com um maço de cartas urgentes para D. Pedro, chegaram às margens do riacho Ipiranga, divisaram alguns membros da guarda de honra parados numa colina. D. Pedro estava à beira do córrego, “quebrando o corpo” — agachado para “responder a mais um chamado da natureza”. A correspondência lhe foi entregue enquanto ele ainda abotoava a braguilha do uniforme. As circunstâncias não eram as mais indicadas para a “perpetração da façanha memorável”. Mas as notícias eram de tal forma definitivas e perturbadoras que, depois de ler, amassar e pisotear as cartas, D. Pedro montou “sua bela besta baia”, cavalgou até o topo da colina e gritou à guarda de honra: “Amigos, as Cortes de Lisboa nos oprimem e querem nos escravizar... Deste dia em diante, nossas relações estão rompidas”.
E hoje o que significa a independência?
A independência do Brasil ainda está em construção e cabe a nós brasileiro consolidá-la lutando por um país que priorize a educação como instrumento de transformação, que combata a corrupção que amplia a miserabilidade de nosso povo!
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